Câncer de pâncreas
O pâncreas é um órgão abdominal, uma glândula responsável por produzir enzimas que atuam na digestão dos alimentos e insulina, um hormônio fundamental no metabolismo do açúcar no sangue. O câncer de pâncreas não é comum, não está nem entre os 10 tumores malignos mais frequentes. Ele ocorre sobretudo em pacientes acima de 60 anos, o tabagismo é um fator de risco importante e seu diagnóstico precoce ainda é um desafio.
Quais os sinais e sintomas mais comuns do câncer de pâncreas?
O sintoma clássico dessa doença é a icterícia (amarelão na pele e nos olhos) mas ela só está presente quando o tumor se localiza na cabeça pancreática e acaba por obstruir a saída da bile do fígado. Quando isso não ocorre, os sintomas são inespecíficos e vão desde dor abdominal, sensação de estômago cheio mesmo quando a pessoa comeu pouco, até dor nas costas.
Um cisto no pâncreas pode ser um tumor?
Não é incomum o achado de cistos pancreáticos em exames de rotina do abdome (ultrassom ginecológico, por exemplo). Isso tem ocorrido cada vez mais, já que esses exames têm se desenvolvido muito nos últimos tempos. Nesses casos, é importante consultar um especialista pois esses cistos podem ser malignos ou com potencial de malignização.
Diabetes pode significar câncer de pâncreas?
Já é bem definido que a diabetes de início recente e que não tem como causa a obesidade pode ser sinal de um tumor pancreático. Quando isso ocorre, o endocrinologista (ou qualquer que seja o clínico que esteja acompanhando o paciente) acaba solicitando uma tomografia ou ressonância para avaliar o pâncreas do paciente.
Existe algum exame de triagem para câncer de pâncreas?
Infelizmente não. Não há nenhum esquema proposto de rastreio do câncer de pâncreas já que não se trata de uma doença comum e não existe nenhum exame que possa ser feito preventivamente para sua detecção precoce.
Como é feito o tratamento do câncer de pâncreas?
O tratamento curativo (quando o tumor não é avançado) é a retirada cirúrgica da parte do órgão acometida pelo tumor. A quimioterapia geralmente é necessária depois da cirurgia mas também pode ser realizada antes em alguns casos selecionados. A cirurgia para retirada de uma parte ou do pâncreas inteiro (pancreatectomia) é muito delicada, é um procedimento de grande porte, tem potencial de sangramento e só deve ser realizada por um cirurgião especializado em um hospital com suporte de anestesiologia e terapia intensiva adequados. Ela pode ser realizada por via aberta, videolaparoscópica ou cirurgia robótica.
É possível viver sem o pâncreas?
A retirada de uma parte do pâncreas é bem tolerada pela maior parte das pessoas. Uma pequena parcela desses pacientes acaba por necessitar de reposição de insulina ou de enzimas digestivas mas a qualidade de vida nesses casos é mantida.